As iniciativas de voluntariado nas áreas de saúde no Brasil nasceram em um contexto de assistencialismo (como as Santas Casas de Misericórdia em parceria com igrejas) e vêm evoluindo para atividades de ação social e cidadania.

Esta tendência vem se acentuando desde a década de 70, com o crescimento das Organizações Não Governamentais (ONG´s) do terceiro setor. Estas dão um sentido de maior organização e “profissionalização” do trabalho voluntário, especialmente por adotarem estratégias de gestão e administração da iniciativa privada, tornando as atividades mais produtivas e com maior alcance de resultados.

Para tanto, um dos pontos essenciais na estruturação das ações de voluntariado é a preparação e capacitação de seus participantes.

Neste sentido oferecemos 2 linhas de projetos:

1. Projeto “Amorescer”

A idéia deste projeto nasceu de uma experiência bem sucedida na preparação e acompanhamento de voluntários para atuar no Hospital de Apoio de Brasília (HAB), na área de Cuidados Paliativos.

Todos os participantes foram alunos egressos dos Cursos de “Meditação Prânica” ministrados pelo Prof. Dr. Carlos Eduardo Tosta da Faculdade de Medicina da UnB. Estes cursos foram ministrados no âmbito de um amplo projeto de pesquisa sobre os efeitos e impactos da meditação na saúde em todos os níveis (físico, mental, emocional e espiritual).

Entre os vários resultados da meditação em seus praticantes, destacamos o processo de crescimento, autoconhecimento e ampliação do amor ao próximo. Este processo foi carinhosamente denominado pelo Prof. Tosta como “amorescimento”, termo que inspirou o nome deste programa.

O objetivo do “Projeto Amorescer” é o de preparar e conscientizar os interessados em atuar como voluntários no campo da saúde, especialmente em ambiente hospitalar. Abordando temas básicos desta atividade, esperamos contribuir para uma atuação mais consciente por parte do voluntário, para uma melhor adequação de aptidões e habilidades de cada participante e uma menor evasão e abandono do compromisso com a ação voluntária.

2. Projeto “Reflexões sobre a Finitude”

Porque é tão difícil abordar temáticas relacionadas à finitude da vida? Embora seja nossa única certeza na vida desde que nascemos, a morte ainda é um tema tabu em nossa sociedade ocidental.

Entendemos que um projeto de educação neste campo é fundamental e, após concluir minha pós-graduação em Tanatologia, a ciência que estuda a morte e o morrer, incluí este tema nos programas de capacitação de voluntários.

Os estudos em tanatologia, perdas e luto, ensinamentos e meditações do budismo tibetano sobre a morte e o morrer, constituem a base deste projeto.

A vivência do voluntariado em cuidados paliativos, além dos aprendizados no programa científico da primeira residência em medicina paliativa do Hospital de Apoio de Brasília, foram nossas grandes fontes de inspiração.

Neste projeto oferecemos palestras e workshops com programas educativo-vivenciais sobre tanatologia, perdas e luto. O aprendizado destes temas é complementado por práticas meditativas.